sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Professor Freud e o meu Zieger.

Hoje fui ao Jardim Botânico - aquele das Palmeiras centenárias que o rei português de quem gosto muito e é super mal falado nos compêndios de historia brasileiros e entre os emergentes da Barra, mandou plantar - sei lá porquê.
Aquilo só é frequentado por crianças sem pais PILFs ou mães MILFs availables.  Só tem  Bábás e bicicletas com rodinhas e plantas lindas e também azáleas. Gostei.

Um filho  duns amigos meus, perguntou à mãe antes de lançar as pequenas hormonas (13 anos?) sobre uma tigela de Chocapic,  se eu ia adoptar um asiático.
Como hoje choveu e não tinha mais nada que fazer no Jardim do Rei e estou farta da Travessa -  para não falar da minha room mate -, debrucei-me sobre esse assunto em frente à prateleira dos Sakés Nacionais, no Zona Sul da Visconde Pirajá.
Tive o meu segundo insight na vida. Fui.
Fui buscá-lo ao aeroporto da Portela vindo de Zurich, de um colégio interno onde há dezoito acho que também esteve a Geraldine Chaplin e ele foi abandonado.
Lindo, apesar de asiático e baixo, educadíssimo,  boas maneiras e  cheio de cartas de recomendação  super cafonas de uns americanos da SHELL que aguentaram o Itanhangá por seis meses e por isso agora tinham sido pomovidos para um lugar na  SHELL Suiça, porque o Brasil está a dar no mundo. As cartas eram para a para profissão de mordomo, massagista e cozinheiro tudo, tudo, com treino na Sudbrack, portanto pintainhos em ovinhos retirados do ninho antes das mães acordarem. Vinha para mim e para ficar a trabalhar num apartamento no Chiado. É óbvio que não trabalhou nem um dia no Chiado, não fosse eu a mãe dele. E porque o Chiado agora são só barbeiros modernos.
Adoro-o,  filho até hoje, cozinha coisas cada vez mais banais da forma mais decadente, e é querido por todos os meus amigos, que não perdem um almoço de Joaquinzinhos Fritos com Mousse de Melão e Fios de Ovos acompanhado de um Teobar Branco, colheita 78, frapeado durante horas e servido no caramanchão lá de casa.
 Não saiu nada à mãe e o Zieger diz que eu queria.


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