sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ritinha sai de cima da Margherita

Início: Hora de Brasília, 14h.30m

Hoje o dia passou a pensar porque é que as crianças são cruéis umas para as outras e que há adultos que conservam essa coisa e porquê?
É que não é toda a gente. Ou normalmente as pessoas enquanto crescem e não são malucas e refinam  vão largando isso. Ou por necessidade - não se pode sempre ser cruel com os parvos da vida que se cruzam por nós - ou por pudor, ou porque fizeram muita análise. Eu tenho isso tudo, continuo má e não queria.
Muitas vezes me apetece esse poder -  ser cruel com alguém porém venho relevando, para deleite e satisfação dos amigos que acham que cresci -, deixando o ser  vitimado ir embora sem mais, coitadinho e egótico. Já fiz isto ao Woody Allen, à Anabela, uma vez em frente aos sapatos da Imelda Marcos, ao Afonso e ao Adolfo Luxúria Canibal. Lista bonita? Resmas.
Eu gostava de ser perfeita e não tão perversa: gostava de não ter vontade de ainda hoje querer apertar pintainhos até à morte e pôr sapos a fumar; de não adorar pessoas que adoram pornografia;  de rir como o Muttley enquanto atiro graínhas  e caroços de azeitona aos cabelos perversos da Gisele Bundchen no Polisucos do Leblon;  de não achar que ver um anão dá sorte que é uma coisa horrível de se achar. Um dia ainda vou acabar a adorar filmes com nomes compridos como " a influência dos raios gama no comportamento das margaridas", aquele mais óbvio e mais  parecido à fase Concreta do Caetano Veloso.
Estes prolegómenos são devidos a um probleminha pessoal. Se chegaram até aqui só vos posso dizer isto com as mãozinhas na cabeça: A minha filha está apaixonada e é a primeira vez e tem um namorado. Beijos, boa sesta.




Terminada: Hora de Brasília, 16h09m
Enviada: Hora de Brasília, 16h20m, Wi-fi perversa caput




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