segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Despudorada é o cacete

Eu não sou despudorada. Não imagino a Natália Correia a fazer coisas despudoradas, a não ser saltar para cima de uma mesa e dizer poesias. Dizer poesias não é ser despudorada, as palavras não podem  ser despudoradas simplesmente porque são palavras. Palavras como vagina, orgasmo,  mamilos, menstruação, vulva, pelos púbicos, axilas e assim juntas a faz-me isto, ou lambe-me aquilo, ou aqui, também não têm a ver com despudor. Ou têm, se quiserem e num mau sentido. Eu não gosto dos escritos destas pessoas aqui ao meu lado por serem despudorados, ou porque mostram as entranhas dos seus fantasmas que são as pessoas das vidasdeles. Eu gosto porque são envergonhados naquilo que mostram. Porque nos fazem pensar que estamos a ver tudo e não estamos a ver nada. Porque têm bom gosto e nunca na vida escreveram uma coisa tão merdosa como a gorda da EL James que tem problemas mentais e chama ao pipi DEUSA INTERIOR. Esta senhora devia era ir ter um encontro sado maso com o maluco do Portnoy do Philip Roth  e ser obrigada a masturbar-se com aquela isca, blrrrrrrgh que coisa mais maravilhosa. Não sou despudorada, não gosto de despudores, sou até muito púdica e isso da escrita despudorada atrapalha a minha vida toda. E agora quero uma linha de coca. Saí ao lado destes génios todos. Mereço ficar ainda mais, mais.

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