segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os meus, os teus e graças a deus não, os nossos.

Terror. São todos diferentes. E se não são fazem por sê-lo nós é que fazemos, porque estamos em coma. Pior que coma, espasmos induzidos. Estamos em episódios espasmódicos.  Em nervos. Só me lembro de uma ocasião assim em que me controlei melhor, à frente do Fernando Seara, numa oral na Lusíada.  Mas o Seara tinha um assistente giro.
Ela gosta do nosso ente querido? Sabe usar talheres? Os filhos todos do nosso ente querido parecem saber e cortam o bife em rectangulos perfeitos desde os quatro anos. Agradecem os chocolates, dizem Boa noite. Os nossos usaram quatro chupetas até aos seis anos e não gostam de piercings. Não jogam bascketball. Estão a cagar-se para os riscos brancos deixados pelos aviões no céu azul.
As roupas, estão giros. Mais giros que o do ente querido? As respostas e as perguntas estão a ser giras? Estamos a conseguir ser uma família moderna, como na TV? Eu sou a Vergara, tu és o Mitchell, ok? Câmera da morte. Ultima refeição e olha os meus querem imensas sobremesas caras, que esta cidade está pela hora da morte. O teu não quer. Os olhos do teu senhor parecem-me os olhos dela. Assim de raspão. Não olho, que mau, tenho que ultrapassar isso. Eles não riram da minha piadola insana, mas que faço eu a contar piadas? Não gostam uns dos outros nem  gostam de nós. É como um fim do mundo, ou como a fotografia da menina nua  a correr de uma bomba no Vietname que realmente, ou eu estou parva, ou não é coisa para aqui chamada. Porque não é uma coisa da vida normal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário